Nesta quarta-feira, 31 de maio, o Instituto dos Frades de Emaús encontra-se em festa ao celebrar solenemente sua Matrona Nossa Senhora da Visitação.
HISTÓRICO DA DEVOÇÃO
Impulsionados pelo exemplo de caridade Fraterna, sobretudo em trazer presente o Salvador em socorro das necessidades humanas, alguns Frades Menores, recomendados por São Boaventura (1263) fomentaram tal devoção. Motivado pelo encontro entre Nossa Senhora e Santa Isabel, o Papa Urbano VI (1389) difunde em toda a Igreja a devoção à Virgem da Visitação, como intercessão e sinal de Unidade frente ao Cisma do Ocidente, como também fixa a data, no Calendário Romano, em dois de julho, ou seja, oito dias depois do Nascimento de São João Batista. Com São Paulo VI, a data foi relocada para 31 de maio, entre a Anunciação do Senhor (25 de março) e a Natividade do Precursor (24 de junho), harmonizando melhor com o relato do Evangelho. Assumido como gesto de serviço e doação ao próximo, o título foi acolhido pela Coroa Portuguesa, no Reinado de D. Manuel (1495-1521), e a Santíssima Virgem instituída como Padroeira da Casa de Misericórdia de Lisboa e das demais do reino lusitano. Deste modo, a devoção é transmitida ao Brasil, pela Santa Casa no Rio de Janeiro. Os irmãos da Misericórdia solenizavam o episódio da Visitação na procissão do encontro da Imagem da Virgem Maria com a efígie de Santa Isabel e as comemorações na Catedral do Rio de Janeiro. Acompanhada pelas autoridades públicas, tais celebrações, na cidade de São Sebastião mais de três séculos, para além de uma expressão religiosa, transmitia uma característica patriótica, uma vez que marcava o início das grandes navegações. Terminadas as comemorações e celebrações, percorria-se o Hospital da Misericórdia, a fim de visitar os enfermos, confortá-los e levar uma esmola, repetindo o gesto das ‘entranhas de misericórdia’ da Virgem Mãe. A dimensão do serviço caritativo, como sinal Divino de socorro ao homem, suscitou em diversas congregações a base de seu carisma fundacional. Em 1610, São Francisco de Sales e Santa Joana Chantal fundaram, na cidade francesa de Annecy, a Ordem da Visitação de Santa Maria. Como Monjas contemplativas, as Visitandinas buscam, a partir da clausura, desenvolver o vínculo da caridade, por meio da união com Deus e na vida comunitária. Em Assis, outra congregação, em 1978, é fundada com a mesma espiritualidade. As Servas da Visitação, através da Madre Maria Vincenza Minet, acolhem tal dimensão caritativa a partir da experiência da fundadora no serviço aos enfermos. Deste modo, nas diversas atuações pastorais, são chamadas a serem portadoras da graça e da alegria no Espírito Santo.
MATRONA DO INSTITUTO DOS FRADES DE EMAÚS
Buscando vivenciar as dimensões contemplativa e missionária, carisma fundacional de nosso Instituto, os Frades de Emaús, a partir do episódio com os dois discípulos no caminho de Emaús (cf. Lc 24,13-35), encontram no testemunho da Virgem da Visitação aproximação, intercessão e exemplo. Assim como os discípulos anunciaram o Senhor aos irmãos e a Mãe de Deus visitou e serviu sua parenta Isabel, são chamados à contemplação e intimidade com Jesus Eucarístico, levando sua presença no anúncio do Evangelho e no serviço à Igreja, como expressão desta íntima união. Deste modo, o exemplo da Virgem Maria suscita cada vez mais configuração de novos cristãos capazes de acolher o Cristo e serem transmissores da caridade do Senhor, sobretudo junto aqueles mais necessitados, comunicando a salvação, alegria, a graça e paz.
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